Varal de Cordéis Joseenses

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(Sugestões de temas são bem vindas!)



sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Olho Vivo (final)


(...)

            P rezado amigo ouvinte ou bom leitor:
            R espeite o corpo, cuide da saúde
            B uscando logo, caso necessário,
            A lgum especialista que lhe ajude.
            R eforce o bem estar; cultive flores...
            J untando as mãos, vencemos sempre as dores:
            A feto é nossa mais feliz virtude.

* * *

Olho Vivo (penúltima estrofe)


(...)

O bom é que hoje em dia a medicina
está vivendo seu melhor momento;
se não puder curar, ajuda muito,
minimizando a dor e o sofrimento.
Mas lembro: medicina de sucesso
é aquela à qual o povo tem acesso,
pois todos têm direito a tratamento.

(continua)

Olho Vivo (25a.estrofe)


(...)

Seguindo a Vida, pus-me a pesquisar
e a descobrir histórias semelhantes:
artistas que ao nascer eram perfeitos,
mais tarde já não viam como antes;
o próprio Patativa (que destino!)
ficou cego de um olho inda menino
e assim fez suas obras, tão marcantes.
 
(continua)

Olho Vivo (24a.estrofe)


(...)

Cantamos e tocamos por aí,
fazendo muita bem-aventurança;
nos muitos versos que compartilhamos,
a Vida renovou-se em esperança.
Rodoviária, praça, até mercado;
com Santos Chagas sempre ao nosso lado,
a gente fez o povo entrar na dança.

(continua)



quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Olho Vivo (23a.estrofe)


(...)

E Vida, minha gente, é parceria
(coisa sagrada e boa que eu persigo);
enquanto ainda me recuperava,
surpresa boa aconteceu comigo.
Sujeito memorável conheci:
Edmilson Santini passou aqui
e agora é mais um cordelista amigo.
 
(continua)

Olho Vivo (22a.estrofe)


(...)

Alguns diziam: “Isso é um recado
do corpo que precisa descansar;
pra que correr agora? Paciência...
com calma tudo enfim vai se arranjar.”

Entre um colírio e outro, terapia:
um pouco de piano a cada dia
e a Vida para a gente repensar.
 

(continua)

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Olho Vivo (21a.estrofe)

 
(...)

Logo após a cirurgia,
uma coisa diferente:
não podia olhar pra cima,
não podia olhar pra frente.
"Só pode olhar para baixo!",
disse o doutor. Cabisbaixo
andava este seu paciente.

(continua)

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Olho Vivo (20a.estrofe)


(...)

A pausa do serviço era forçada
e eu bem que desejava viajar.
Queria ir pra Santos, mas não pude:
o médico falou: “Pra que arriscar?
Escute o que lhe digo, meu amigo...
mudança de altitude é um perigo!
Nem pense em ir a praia ver o mar!”

(continua)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Olho Vivo (19a.estrofe)


(...)

Depois de um mês, com óculos escuros,
passei a caminhar pela cidade;
qualquer passeio curto era uma festa,
tamanha era a força da saudade.
Depois de tanto tempo no meu posto,
queria ter o vento no meu rosto
e ver o mundo - grande era a vontade!

(continua)

domingo, 11 de dezembro de 2011

Uma estrofe pro Moreira...

... de Acopiara, pelo presente recebido nesta Caravana do Cordel, em 10/12/2011:

Encontrei na Caravana
do Cordel o bom Moreira
e trouxe outro livro dele
para a minha cabeceira.
Poesia de muitas cores,
indico a outros leitores,
que na certa vão gostar.
O livro tem conteúdo
e o título já diz tudo:
"O Sertão é o meu lugar"!

P.R.Barja

sábado, 10 de dezembro de 2011

Olho Vivo (18a.estrofe)


(...)
 
Como eu não sei ficar mesmo parado,
exercitava o “ócio criativo”:
pensava num poema ou melodia
e assim eu ia me mantendo ativo.
Amigos, perto ou longe, confortavam;
pequenas (re)conquistas confirmavam:
"Viver é sempre bom - e estou bem vivo!"

(continua)

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Lançamento do cordel: "O Sujeito que Vendia..."


Acaba de sair da gráfica o Cordel Joseense n.34: "O Sujeito que Vendia..."
Segue a capa (feita pelo artista Dalmo Sérgio; obrigado, Dalmo!) e a estrofe de abertura:


A história que vou contar
pode parecer piada
- “O sujeito que vendia
até bosta engarrafada” -
mas garanto que é verdade:
falo com sinceridade,
não é conversa fiada!

(...)

Olho Vivo (17a.estrofe)


(...)

Entrei então na fase dos colírios...
A cada duas horas: “Vamos lá!”
aerei eternamente grato a todos
que me mostraram: hora má não há.
A minha filha foi uma enfermeira
e sempre me animava, sem canseira,
dizendo: “Vê se fica alegre, tá?”

(continua)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Cordel na Escola (VIII) - São José dos Campos


   No início deste semestre, estive no Colégio Luce Prima, de São José dos Campos, falando sobre cordéis e fazendo o lançamento de diversos Cordéis Joseenses. Naquela ocasião, o colégio estava iniciando o projeto semestral de estudo e produção de literatura de cordel com os alunos. Foi um encontro muito bom: deu pra perceber que os alunos estavam muito interessados.
   No início desta semana, através de uma aluna da faculdade (cuja filha estuda no colégio), tive contato com o material produzido a partir do projeto - uma coletânea de cordel com textos dos próprios alunos, incluindo adaptação de histórias da tradição oral brasileira.
   Fiquei (mais uma vez) encantado com o projeto e a produção da moçada. Como é bom ver a cultura nacional sendo valorizada! Aí, acabei escrevendo um "poema-bilhete" pro pessoal. Aqui vai:

Quando eu leio uma história
recontada por criança,
acho isso uma vitória,
fico cheio de esperança:
com saúde, educação
e leitura de montão,
vida boa a gente alcança!

Parabéns aos alunos e professores!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Olho Vivo (16a.estrofe)


(...)

Foi rápido, tranquilo e indolor:
fiquei impressionado e otimista.
Porém, seria lenta a nova etapa,
conforme disse o oftalmologista:
“Dois meses de licença do serviço!
É muito, mas te digo: siga isso
pra ter a recuperação prevista.”

(continua)

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Olho Vivo (15a.estrofe)


(...)

E o tempo, nessas circunstâncias tristes?
Parece que uma hora leva um dia...
Enfim eu fui pra clínica, e assim
que o médico me deu a anestesia,
dormi, mas dormi tão profundamente,
que quando eu acordei, pensei somente:
“Ué, quando vai ser a cirurgia?”

(continua)